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Por: RFC

Eu que deixei de apreciar o género na Kananga do Japão, por aí, dispus-me hoje a assistir ao episódio + importante do script da novela escrita pelo super-juíz das torres do Parque das Nações nos últimos dias. Primeiro porque tinham tido o cuidado de me avisar, através de um mail às 18h38, que as televisões estavam em directo, em pulgas para anunciar as medidas de coacção e com os motores a roncar. Por isso, antes de saír fui ao online ver se havia novidades: que, afinal, seriam seguramente à hora de jantar, diziam os sites do Expresso ou do P. Parei num café em Entrecampos para beber uma imperial e ali aguardei as 20h para assistir, de pescoço esticado, à grande decisão. 20h, 20h10 e 20 e e e nada. Seguiu-se um intervalo da SIC + longo do que é costume pelo que pedi para ler o CM, que jazia dobrado a um canto do balcão. Ali li que a equipa do CM é constituída por alguém de que não me lembro/Eduardo Dâmaso/Tânia Laranjo (cujo nome me faz lembrar qualquer coisa mas não sei o quê) e que, entre as pp. 4 e 11, o assunto era o chauffeur de Sócrates, umas 10/15 linhas alinhavadas multiplicadas e tal. Despois de ler as vinte/trinta coisinhas na diagonal pensei, honestamente, que, depois de tudo espremido, o que ali existia era igual a nada. Nada +1, sendo generoso. Regressa-se então à emissão da SIC, blá-blá nada e que assim não pode ser, pensei, pelo que iniciei a viagem de regresso à cubata. Já aqui, percebi que tinha chegado a tempo de ver o epílogo da novela das 18h38: Pedro Adão e Silva e um Tiago certamente ilustre a dizerem, na SIC N, que as razões para ser decretada uma prisão preventiva são estas e aquelas e só estas. O resto é conhecido, entre o mal e o péssimo: um comunicado mal amanhado foi lido às 22h35, muitas horas e minutos de bafio justificativo ao estilo de mangas de alpaca, que as medidas de coação são estas e que não, sobre as razões em que se sustenta a decisão do super-super, nicles. Não sei como se alimentarão mutuamente as partes daqui a umas horas, vamos ver, mas desconfio de duas coisas: que o CM, por muito canhestro que seja, investiu numa estória para durar dias a fio e não a tem. E que o super-super juíz precisa de um copywriter, ou parecido.


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